Leia uma seleção de artigos e matérias sobre o Duo Nazario, publicados na mídia eletrônica e impressa.
Amadeu Zoe – Radio HaiKai, 23/08/2016
A edição 3 do programa RAdiO HAiKAi tem como destaque a música instrumental brasileira através do trabalho dos irmãos Lelo Nazário e Zé Eduardo Nazário junto ao Grupo UM, bem como em outros projetos solo e até mesmo como membros do Grupo Pau Brasil em uma de suas formações. Destacamos o disco Marcha sobre a Cidade considerado um dos primeiros trabalhos de produção e distribuição independente e que uma certa forma deu voz não somente a difusão da música instrumental como também ao universo da experimentação e da exploração de novas linguagens e cruzamentos criativos na música, caracterizada como terceira corrente, sempre adicionando elementos da brasilidade. Além deste primeiro trabalho apresentamos o segundo disco do grupo denominado Reflexões sobre a Crise do Desejo. Do trabalho solo de Lelo Nazario apresentamos mais duas produções: o primeiro uma incursão à música eletroacústica “Discurso aos objetos” e outro já de 2006 que agrega elementos e texturas da época denominado Africasiamerica. O duo ainda possui um disco recente denominado Amálgama que apresentaremos brevemente. As intervenções literárias se dão através das obras “A Elegância do Ouriço” de Muriel Barbery, “A Descoberta do Mundo” de Clarice Lispector e do HQ escrito por Neil Gaiman “Morte: O Grande Momento da Vida” vocalizados por Camila, Luiza e Amadeu Zoe e a participação especial da radialista e documentarista Biancamaria Binazzi.
Ouça o programa
UTOPIA 006 ~ BRAZIL ~ Jazz-Rock-World Fusion
Recorded: 2013 Released: 2014
The world's finest and most eclectic collection of record reviews written by Adam Baruch, jazz producer from Israel, 16/07/2016
This is a fantastic album by the Brazilian Duo Nazario consisting of brothers: drummer Zé Eduardo Nazario and keyboardist Lelo Nazario. Nazario Brothers are great pioneers on Brazilian Jazz-World Fusion, Jazz-Rock Fusion and Progressive Rock and in the past they were instrumental in creating modern Brazilian music as founders of the legendary Grupo Um, members of the group Pau Brasil and members of the groups led by the legendary Hermeto Pascoal, and more recently founders and co-leaders of the group Percussonica. This album presents some re-workings of older material and newly composed pieces, all performed by the duo. All of the music is original and of the eleven compositions nine are by Lelo Nazario, one is by Zé Eduardo Nazario and one is co-composed by them both.
The music, as duly named in the album´s title, is an amalgam of many influences, combined with Brazilian melodic themes and Afro-Brazilian rhythmic patterns, which has been the modus operandi of the Nazario Brothers since many years. Lelo Nazario is a brilliant keyboardist and he creates multi-layered melodic themes, which always have that specific Brazilian tinge. Zé Eduardo Nazario adds his polyrhythmic percussion, which drives the music formidably and displays the rhythmic affluence of Brazilian music. Together they sound like a full ensemble, in spite of the fact that there are just two musicians behind all this kaleidoscope of sounds.
This album, like all the albums created by the Nazario Brothers, is a formidable example of multiculti music at its best. It respects the melodic and harmonic tradition of European music as much as the Brazilian rhythmic tradition and manages to combine the two in the most effective way. It is worth of being studied as a classic example of what Jazz-World Fusion is all about.
I have been following the work of the Nazario Brothers for decades and always found it to be exemplary. It is a pity they are little known outside their country, as they deserve truly a much wider recognition. For followers of Jazz-World and Jazz-Rock Fusion this album and anything else of their work one can find is absolutely worth getting. So make an effort and grab it. Thanks Zé Eduardo and Lelo for being out there! Leia a matéria na íntegra
Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4 – Coluna do Aquiles, 15/11/2014
Onze são os temas interpretados pelo Duo Nazario no CD Amálgama (Utopia Studio). Integrado pelos irmãos Lelo Nazario e Zé Eduardo Nazario (Lelo nos teclados e sons eletrônicos, Zé Eduardo na bateria e na percussão), o duo exprime sua musicalidade através das exuberantes composições de Lelo. Carregadas de forte inclinação vanguardista, elas permitem que expandam suas sonoridades contemporâneas. …
Os Nazario trilham seus próprios caminhos, guiados por sua intuição musical, destino final da sabedoria adquirida ao longo do tempo e de estudos. Partindo da estranheza de sua formação instrumental, o duo busca, encontra e faz um som que mescla gêneros musicais, principalmente os brasileiros, o jazz norte-americano e a música atonal. Todos batidos no mesmo liquidificador que trata de baralhar timbres e estéticas, fazendo com que o resultado seja uma música instrumental brasileira com sabor de benfazeja internacionalidade. Leia a matéria na íntegra
A matéria também foi publicada no jornal Correio (Salvador), em 10/11/2014, no Jornal de Brasília (DF), em 15/11/2014, no Brazilian Voice, em 19/11/2014, no jornal GGN, em 14/11/2014
Alexandre Agabiti Fernandez – Folha de S. Paulo | Guia de Livros, Discos, Filmes, 27/09/2014, p. 31
Desde o começo da década de 1970, os irmãos Zé Eduardo (baterista e percussionista) e Lelo Nazario (pianista e tecladista) trabalham uma proposta tão arriscada quanto original: criar – com muita abertura à improvisação – novas formas a partir de um encontro de linguagens que contempla a música erudita contemporânea, a música eletrônica e eletroacústica, o jazz de vanguarda e a percussão de várias latitudes.
Ainda muito jovens, deram impulso à experimentação tocando com Hermeto Pascoal e Hector Costita. Em 1976, fundaram o Grupo Um, cuja música radicalmente inovadora marcou época no cenário da vanguarda paulista. Anos depois, integraram outro grupo de referência da música instrumental, o Pau Brasil.
Criaram o Duo Nazario em 1989, formação que põe em evidência o contraste entre os timbres do sintetizador e dos inúmeros instrumentos de percussão. “Amálgama” é uma belíssima mostra da longa trajetória dessa cumplicidade.
As 11 faixas, sendo sete inéditas, mostram a diversidade das vertiginosas paisagens sonoras desse duo de virtuoses que não se compraz no virtuosismo. Em várias delas, a melodia não reina: as harmonias complexas de Lelo e os ritmos não menos elaborados de Zé Eduardo dialogam em constante tensão, como que refletindo sobre o mal-estar contemporâneo, caso das inéditas “Cartas Terrestres” e “Velho Mundo Novo”. Mas a melodia aparece com muito lirismo em temas como “O Sétimo Portal” e “Sonhos Esquecidos”, mais próximos do jazz.
“Amálgama” é um disco exigente: solicita atenção e abertura de espírito do ouvinte. Mas oferece algo valiosíssimo: uma música que pensa e sente com uma salutar dose de liberdade.
Gustavo Cunha – Blog Gustavo Cunha – 20/09/2014
Poder se expressar livremente é o grande desafio da arte musical. E experimentações musicais sempre fizeram parte do universo dos irmãos Lelo e Zé Eduardo Nazario, o DUO Nazario.
Nos anos 70, a prática da improvisação livre os levaram a integrar o grupo de Hermeto Pascoal, este que sempre se mostrou além do convencional; e eram nos momentos de pausa das apresentações com o grupo do bruxo que o DUO costumava construir sua própria sonoridade, inserindo elementos da música eletrônica e do Jazz. Ainda jovens, já mostravam domínio dessa linguagem improvisada e, assim, criaram uma identidade muito particular.
Amalgama é mais um resultado de toda essa musicalidade dos irmãos Nazario, cujo trabalho é resultado do Prêmio Funarte de Música Brasileira, que tem como objetivo estimular a criação e produção de projetos relacionados ao campo da música brasileira. Somente com o uso de teclados e bateria, Lelo e Zé Eduardo Nazario apresentam uma música muito contemporânea, em que o acústico e o eletrônico se aliam em uma mistura de tendências promovendo passagens tão progressivas quanto melódicas, sem deixar de lado o universo da música brasileira.
Assim, o DUO se impõem como uma das mais vanguardistas formações da nossa Música Instrumental.
Leia a matéria na íntegra
Eduardo Tristão Girão – Estado de Minas, 16/09/2014
Membros de uma das famílias mais tradicionais do instrumental brasileiro, músicos apresentam novo trabalho com sete faixas inéditas
O sobrenome Nazário é uma credencial de respeito há décadas na cena instrumental brasileira, de maneira que surpreende o fato de só agora os irmãos Lelo e Zé Eduardo lançarem um disco juntos. Integraram a banda de Hermeto Pascoal, participaram do Pau Brasil e criaram o Grupo Um e o trio Percussonica, além de terem gravado com outros nomes de peso. Agora, com Amálgama, finalmente puderam se concentrar um no talento do outro. Leia a matéria na íntegra
Tárik de Souza – Blog do Tárik, 08/09/2014
Contemplado com o Prêmio Funarte de Música Brasileira de 2012, sai o CD solo “Amálgama” (Utopia Studio/Soundfinger) do instrumental Duo Nazário formado pelo compositor e pianista Lelo Nazário e seu irmão o baterista Zé Eduardo Nazário. O disco combina jazz, música de vanguarda, recursos eletrônicos e formas populares assentadas em sólida base rítmica afro-brasileira com direito a improvisação livre. Eles recriam “A flor de plástico incinerada” (versão II), faixa título do disco de 1982, do impactante Grupo Um que integraram, junto com “Sonhos esquecidos” também do mesmo repertório. Os irmãos Nazário, que também atuaram no grupo Pau Brasil, tocaram com Hermeto Pascoal e formaram o trio Percussonica, no álbum singram ainda temas como “Dez e meio”, “Fio de aço”, “O elo perpétuo”, “Nunca é para sempre”, “O sétimo portal” e “Ano da serpente”, em vertiginosas alternâncias de climas e explorações timbrísticas inquietantes. “Experimentar múltiplas possibilidades de encontro entre linguagens e universos musicais com total liberdade criativa é o principal conceito de trabalho do Duo”, define Lelo, autor da maioria das composições do disco. Assistam ao making of em: http://lelonazario.com.br/page51/index.html
Leia no Blog do Tárik
Wilson Garzon – Clube de Jazz, 30/07/2014
Para quem quer sair da zona de conforto e se propor a escutar uma música que reúna criatividade, improvisação em larga escala e altas doses de experimentação, nada melhor que o CD dos irmãos Lelo e Zé Eduardo Nazario que acaba de chegar às prateleiras: Amálgama.
O baterista e percussionista Zé Eduardo Nazario e o pianista e tecladista Lelo Nazario, além de irmãos, são dois legítimos representantes da alta linhagem do jazz e da vanguarda da música instrumental brasileira.
Patricia Palumbo – Noize, 21/08/2012
… O show de ontem, dia 20, no Sesc Instrumental – que faço toda segunda desde 1998 – foi do Duo Nazário. Um show de música eletroacústica, música erudita contemporânea, improvisação do jazz e ritmos brasileiros. Uma música exigente, nada fácil e que concede pouco pra melodia. Lelo Nazário (teclados e programações) é um dos bambas do gênero no país. Zé Eduardo Nazário (bateria e percussão) tocou com Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti e desde cedo sacou que o irmão iria traçar novos caminhos na composição depois de largar a faculdade de física aos 17 anos.
Enquanto assistia ao show fiquei pensando em como tudo aquilo fora do comum, do conhecido me caía bem … Me senti adequada àquela dodecafonia, aos sons espaciais, ruidos e barulhos que Lelo e Zé Eduardo transformavam em música. … Leia a matéria na íntegra
IRMÃOS NAZARIO LANÇAM DISCOS SOLO
Alexandre Pavan – Correio da Cidadania / Cultura, 01/02/1999
Os irmãos Zé Eduardo e Lelo Nazario são exemplos de extrema competência e rara habilidade tanto como compositores quanto como instrumentistas. Começaram a carreira artística muito jovens, na década de 70, participando de shows e gravações de grandes nomes da música instrumental, a exemplo de Hermeto Pascoal e Egberto Gismontti. …
… Agora, o baterista e percussionista Zé Eduardo surge com seu CD Zen … e o pianista e tecladista Lelo, com Simples ... São discos individuais, mas com uma cooperação profissional e fraterna. Lelo participa do disco de Zé Eduardo com uma composição de sua autoria e empresta a sonoridade de seu instrumento a ela. …
Simples, por sua vez, representa exatamente a outra face da família Nazário, de maior preocupação harmônica, através das teclas de Lelo. É o que se ouve na canção Frevo Colado, que poderia ser jobiniana, não fosse a modernidade imprimida pelo compositor. Todas as músicas são da autoria de Lelo Nazário. …
Enfim, bons discos de excelentes músicos. Irmãos que, mesmo em trabalhos individuais, aparecem como uma unidade singular. Um percussivo, outro harmônico. Uma união que é o começo de tudo. Talvez não seja à toa que o grupo Pau Brasil —do qual ambos fazem parte atualmente— depois de muitas mudanças em sua formação ressurgiu com o elenco do Grupo Um. … Leia a matéria na íntegra
Alexandre Pavan – Correio da Cidadania / Cultura, 01/02/1999
Os irmãos Zé Eduardo e Lelo Nazario são exemplos de extrema competência e rara habilidade tanto como compositores quanto como instrumentistas. Começaram a carreira artística muito jovens, na década de 70, participando de shows e gravações de grandes nomes da música instrumental, a exemplo de Hermeto Pascoal e Egberto Gismontti. …
… Agora, o baterista e percussionista Zé Eduardo surge com seu CD Zen … e o pianista e tecladista Lelo, com Simples ... São discos individuais, mas com uma cooperação profissional e fraterna. Lelo participa do disco de Zé Eduardo com uma composição de sua autoria e empresta a sonoridade de seu instrumento a ela. …
Simples, por sua vez, representa exatamente a outra face da família Nazário, de maior preocupação harmônica, através das teclas de Lelo. É o que se ouve na canção Frevo Colado, que poderia ser jobiniana, não fosse a modernidade imprimida pelo compositor. Todas as músicas são da autoria de Lelo Nazário. …
Enfim, bons discos de excelentes músicos. Irmãos que, mesmo em trabalhos individuais, aparecem como uma unidade singular. Um percussivo, outro harmônico. Uma união que é o começo de tudo. Talvez não seja à toa que o grupo Pau Brasil —do qual ambos fazem parte atualmente— depois de muitas mudanças em sua formação ressurgiu com o elenco do Grupo Um. … Leia a matéria na íntegra
OS “CONTRASTES” DE LELO NAZARIO
Keyboard, a. 1, n. 1, 1996
Lelo Nazario comprovou porque é considerado um dos maiores compositores brasileiros da atualidade em “Contrastes”, concerto realizado … no Memorial da América Latina, em São Paulo, e interpretado pela Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência de Roberto Farias. O programa contou com quatro de suas obras e mostrou toda a diversidade de composições feitas para sons eletrônicos, trio solista (teclados, percussão, flauta/sax) e banda sinfônica. …
A Banda Sinfônica – juntamente com os irmãos Nazario – … ficou clara a força do trabalho de composição do autor, no qual texturas complexas são trabalhadas através de superposição de elementos distintos e enriquecidas pelos sons eletrônicos e pela presença dos solistas.
Sem dúvida, um trabalho que deve ser visto e admirado.
Keyboard, a. 1, n. 1, 1996
Lelo Nazario comprovou porque é considerado um dos maiores compositores brasileiros da atualidade em “Contrastes”, concerto realizado … no Memorial da América Latina, em São Paulo, e interpretado pela Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência de Roberto Farias. O programa contou com quatro de suas obras e mostrou toda a diversidade de composições feitas para sons eletrônicos, trio solista (teclados, percussão, flauta/sax) e banda sinfônica. …
A Banda Sinfônica – juntamente com os irmãos Nazario – … ficou clara a força do trabalho de composição do autor, no qual texturas complexas são trabalhadas através de superposição de elementos distintos e enriquecidas pelos sons eletrônicos e pela presença dos solistas.
Sem dúvida, um trabalho que deve ser visto e admirado.
HALL OF FAME
André Jung – Pearl News, n. 2, 1996
… Tecladista virtuoso e compositor de grande talento, Lelo encontrou no irmão Zé Eduardo o tradutor de seu intrincado tecido sonoro para o mundo percussivo, ampliando e completando uma obra inquietante e conceitual. …
Em 1990, Lelo compõe, por encomenda da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, a peça “Limite”, composta para Banda Sinfônica e o Duo Nazario, como os irmãos passam a se chamar, cuja estreia se deu em 1991 na Semana Guiomar Novaes, em São João da Boa Vista (SP), sob regência do Maestro Roberto Farias. A peça também é apresentada com grande repercussão na X Bienal de Música Contemporânea do Rio de Janeiro. Em 1996, a peça tem uma consagradora apresentação no evento “Contrastes - A Criação Musical sem Limites”, realizada em grande estilo no Memorial da América Latina, ocasião em que também ocorre a estreia mundial de “Aurora”, nova composição de Lelo para a mesma formação.
André Jung – Pearl News, n. 2, 1996
… Tecladista virtuoso e compositor de grande talento, Lelo encontrou no irmão Zé Eduardo o tradutor de seu intrincado tecido sonoro para o mundo percussivo, ampliando e completando uma obra inquietante e conceitual. …
Em 1990, Lelo compõe, por encomenda da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, a peça “Limite”, composta para Banda Sinfônica e o Duo Nazario, como os irmãos passam a se chamar, cuja estreia se deu em 1991 na Semana Guiomar Novaes, em São João da Boa Vista (SP), sob regência do Maestro Roberto Farias. A peça também é apresentada com grande repercussão na X Bienal de Música Contemporânea do Rio de Janeiro. Em 1996, a peça tem uma consagradora apresentação no evento “Contrastes - A Criação Musical sem Limites”, realizada em grande estilo no Memorial da América Latina, ocasião em que também ocorre a estreia mundial de “Aurora”, nova composição de Lelo para a mesma formação.